- Parte do Desafio dos 21 Dias do blosque -
Fim do ano chegando, vem a necessidade de relembrar. Poderia lembrar das muitas coisas que aconteceram, do que aprendi, do que senti falta, do que valeu a pena, do que jamais vou deixar acontecer outra vez. Mas a retrospectiva deste ano será diferente; hoje, eu vou recordar posts antigos. A idéia é escolher 12 dos meus textos do blog, os quais representariam cada mês do meu ano aqui neste blog. Eu poderia fazer isso, não fosse o fato de que este blog, como já foi dito, não completou um ano. Ainda assim, pretendo listar 12 textos; mas, como não tenho meses suficientes, farei diferente.
Um dos meus primeiros textos neste blog é Insensível. Foi escrito e postado em Fevereiro no outro blog e, neste, em Julho. Não é autobiográfico, apesar de eu já ter sido acusada de ser insensível algumas vezes. Às vezes, eu concordo. Outras vezes, até gostaria de ser tão insensível quanto dizem. Preservação, sabe? Um texto escrito em Julho mesmo, é o Meu Leitor de CD/DVD. Como já diz um dos marcadores (fatos), o texto aconteceu realmente. Como diz outro (humor), não sou humorista, mas minha vida é uma comédia.
Em Agosto, escrevi um texto chamado Até onde a vista alcança, uma espécie de devaneio, meio filosófico, meio real. Escrevi num daqueles dias (ou madrugadas, como quiser) em que você se sente particularmente poética, como se a inspiração (e a insônia) não tivesse mais nada para fazer da vida, a não ser ficar voejando de bobeira em cima da sua cabeça. Isso lá pelas 5h da manhã. Eu mereço.
Em Setembro, postei o conto Vitrine. Sem dúvida, o meu preferido. Escrito por volta do mês de Março (infelizmente não datei), foi o primeiro post neste blog a chegar aos 20 comentários, o que me deu um susto enorme. Sabe quando você realmente gosta de algo que faz? Foi o que eu senti quando terminei de escrever esse conto, no começo do ano. Um dos meus poucos momentos de brilhantismo.
Déjà vu aconteceu, foi escrito e publicado em Setembro. É mais um dos marcadores fatos e humor, envolvendo minha vida-comédia. Hoje, além de post, é uma história que eu vivo contando. Volta e meia, alguém me diz "ah, eu li no seu blog" e eu fico entre feliz e frustrada, por não poder contar o acontecido.
Outubro foi um mês inspirador também, de onde surgiu o post com mais comentários ever: Poeta. Não acho o texto essa coisa toda, mas concordo que tenha algum charme; ainda mais porque eu falo de música, de samba. É um grande pedaço de mim que está ali, sem dúvida. Talvez por isso nem goste tanto.
Postado em meados de Abril no blog antigo e em Outubro neste aqui, o texto Gente Humilde já mudou de nome alguma vezes, sempre pelo mesmo motivo: entregavam o texto. O primeiro título era a essência do texto, o que jamais quis deixar nomeada. O segundo título virou marcador e, quando isso aconteceu, eu troquei. Pode parecer "mudar a identidade" do texto, mas não acho que tenha sido o caso. Algumas pessoas mudam de nome, ou de apelido, depois de velhas. A personalidade permanece.
No início de Novembro, contei um fato que ocorreu no finzinho de Outubro, no texto Sobre Viver. Não considero muito bom, mas é um marco para mim. Fala de esperança e fé.
Dezembro acaba de começar e eu indico um texto que ainda será postado, no dia 27: Atestado. É um conto não-autobiográfico, como todos os meus contos. Esperem por ele; não quis postar antes para não atrapalhar o desafio.
Nesses 3 últimos posts favoritos, eu resolvi listar textos excelentes de alguns conterrâneos e amigos meus, em seus blogs. Decidi por conterrâneos porque ainda não tive a oportunidade de demonstrar o meu amor pela minha terra neste blog e não queria terminar o ano sem deixar isso claro. Passeio por Olinda, do blog Semi ironia ou sem ironia?, de ZeH, são pequenas frases (como tudo lá) com comentários que me fizeram rir. Sala de Espera, do blog Sementeiras, de Magna, é o primeiro post que li no blog e o de que mais gosto. Historinhas de Carnaval, do blog Ao perdedor, as pancadas, de Alisson, fala do nosso carnaval, que é, de longe, o melhor do país. De longe.
São apenas palavras. Textos. Versos. Tudo o que eu tenho. Parte de mim, do meu ano, da minha cidade, dos meus amigos. Sim, é bom lembrar. Porque ainda há coisas boas para serem guardadas.