sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Aprendendo a blogar - A 4ª Tarefa

- Mais um post da série Desafio dos 21 Dias do blosque.com -

O ano de 2008 foi (e ainda está sendo) um ano de muitas descobertas na área de blogs. Se alguém tiver a curiosidade de ver o arquivo, este blog data de julho de 2008, o que não quer dizer exatamente que essa seja a idade dele. O Do Fundo do Mar nasceu originalmente no falecido weblogger e teve que se mudar pra cá às pressas, quase fugido, quando o servidor sumiu do mapa. Alguns dos meus blogueiros relacionados mais antigos, que hoje são queridos amigos, devem se lembrar desta época.

Engraçado que a criação do Do Fundo do Mar foi uma espécie de resolução de ano novo, pois eu sabia que minha vida ia mudar demais em 2008 e eu soube que precisava criar algo para me comprometer a continuar criando, mesmo quando o trabalho apertasse. Não sei em que período de dezembro de 2007 ele foi criado, mas só começou a valer no começo de 2008. Então, posso dizer que tudo o que sei sobre blogs, aprendi este ano. Mas só bem depois de ter me mudado e me estabelecido no blogspot que comecei a mergulhar de verdade e ficar viciada.


A minha lista pessoal de 5 coisas que aprendi sobre blogs em 2008:

- A praticidade dos feeds, em vez de listar meus blogs favoritos na barra lateral ou nos favoritos do IE ou Firefox. Gente, como uma pessoa pode sobreviver sem leitor de feeds?

- Eu posso passar a tarde rindo e me distraindo, sem enjoar, apenas navegando por blogs diferentes. Não sabia que existiam tantos blogs realmente divertidos e tanta coisa diferente e útil para se ler.

- Comentários do tipo "oi, que blog legal" são um saco. Comentários genéricos em geral me irritam. Não custa escrever uma linha que seja sobre o que se acabou de ler. Se não está a fim de ler, não comente. Ninguém está cobrando nada.

- Escrever para outras pessoas lerem e comentarem me deixa, ao mesmo tempo, realizada e com medo. É estranho estar susceptível a críticas de todo tipo, além dos elogios. Mas é bastante gratificante ver que muita gente pode gostar de um post pelo qual você não daria um centavo.

- Como em qualquer lugar que você vá, sempre tem um fdp; gente que entra nos blogs alheios para insultar e plagiar sem a mínima vergonha (ou com alguma vergonha, visto que nunca se identificam). E que, inesperadamente, alguém pode lhe oferecer um ombro e um sorriso, sem sequer conhecê-lo. Que você pode admirar pessoas cujo nome nem sabe.


E, no final, vejo que ainda tenho muito que aprender. Tem coisa mais emocionante que se sentir viva?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Usabilidade - A 3ª Tarefa

Dando continuidade ao Desafio dos 21 Dias, hoje é dia da terceira tarefa: melhorar a usabilidade do meu blog. Certo, desta vez eu estou realmente perdida. Gente, meu blog é um ovo; simplesmente não achei como melhorar a usabilidade dele. Na verdade, acho que isso seria legal fazer no meu outro blog, sem valer nada mesmo. E olha que passei os intervalos do trabalho inteiros lendo sobre como fazer isso. Então, pensei, será que devo desistir da terceira tarefa do Desafio? Não, não a Marina que eu conheço.

Vejamos, eu deixo clara a proposta do meu blog para quem eventualmente possa entrar? Acho que qualquer um que entre vai saber que o blog não tem exatamente uma proposta; ele só expõe coisas que eu escrevo, sejam contos, fatos engraçados, pensamentos ou frases. Vejamos como melhorar isso.


  • Criando uma proposta:

Como até mesmo o nome do blog tem a ver com a minha pessoa, atualizei o "quem sou eu" e acima dele coloquei a proposta do blog. Para mim, não mudou muita coisa, porque eu continuo achando óbvio. Tipo de coisa que se faz para quem quer tudo mastigadinho.


  • Área de melhores do blog:

Nunca vi a necessidade de criar algo assim, mas achei interessante para destacar desde posts que, pessoalmente, gosto àqueles que receberam mais comentários. Número que não é grande coisa pro mundo, mas é para mim.


  • Botões:

Criei um botão para o meu projeto Palavras de Papel (o tal "outro blog" que eu citei acima), que fica sempre com um link na barra lateral. Acho que dá um charme maior à propaganda.


Desenterrando, você sempre acha o que fazer. Eu só não posso deixar um desafio pela metade, certo?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ordem na caixa de ferramentas - A 2ª Tarefa

No post passado, eu falei que gostava de deixar as coisas sempre em ordem. Acontece que nem sempre a gente consegue comer e lavar o prato logo em seguida, então sempre tem um lixinho aqui e ali. O caso do meu computador é parecido com o do meu quarto: por fora é um brinco, mas sai de baixo quando abrir a porta do armário. Então, a tarefa agora é organizar as ferramentas que eu uso para blogar, para facilitar a minha vida quando for procurar as coisas nas minhas pastas.

Comecei pela minha pasta de textos, organizando-os em postados, futuros e inacabados. Os postados são, obviamente, todos os textos que estão hoje no meu blog. Os futuros são os que tenho total intenção de postar, um dia. Os inacabados são aqueles que não cheguei a concluir, os que precisam ser reescritos e aqueles que têm uma idéia legal, mas o texto ficou realmente ruim. Enfim, são os que podem ser reaproveitados de alguma forma. O resto foi tudo pro lixo. Fiquei surpresa quando encontrei minha lixeira com 76 arquivos no final da limpeza.

O e-mail foi fácil, nem demorei muito. As mensagens não lidas contavam em 18. Respondi algumas e excluí tudo.

Depois foram os feeds. Não tenho tanto tempo de feed, mas é impressionante como a gente acumula. Antes da faxina eram 73 feeds. Agora tenho 64.

Agora é hora da dor: Minhas Imagens. É a pasta mais maluca e cheia de pastas dos nomes malucos. O que você diria de uma pasta com o nome "Mistic"? Pode acreditar, são fotos de plantas. Por que eu coloquei esse nome? Vai saber. Acabei de olhar a lixeira (esvaziada desde a parte dos arquivos de textos); 526 arquivos. Oh, dor! *Esvaziando a lixeira*

Enfim, foi uma faxina legal, para começar o ano mais organizada. Só me resta arrumar coragem e fazer o mesmo com o meu quarto. No computador dá trabalho, mas pelo menos eu fico sentada. Preguiça mode ON.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Faxina no blog - A 1ª Tarefa

Mais com o objetivo de me divertir, entrei no Desafio dos 21 Dias do blosque.com, que começa hoje. Fiquei sabendo através de um amigo e achei divertida a idéia, além de ser uma espécie de ritual de fim de ano. E como eu adoro rituais de fim de ano, nem cogitei ficar sem participar.


Iniciando a faxina:

Logo que vi a tarefa, fiquei meio perdida. Sempre costumo deixar meu blog em ordem, pois minha vontade de blogar diminui cerca de 80% quando tem algo errado lá. Inspiração já vem com dificuldade, imagina se eu piorar a situação. Apesar disso, achei alguns pequenos probleminhas, quando fui fuçar. Vou fazer uma lista:


  • Imagem do topo: antes de carregar a imagem do topo do layout que eu adotei, aparece uma outra imagem do fundo, própria do layout. Incomodava, principalmente quando pegava algum pc lento. Não achei uma maneira de colocar o "depois", já que o errinho sumiu.


  • Blogs favoritos: alguns dos meus blogs favoritos da barra lateral foram inativados ou mudaram de url. No "depois" está um blog que mudou a url, que agora está correta.


  • Caixa de comentários: a imagem ainda era a do layout antigo. Mudei o layout do blog há um mês, tinha que mudar o dos comentários também, não é?


  • Twitter: é coisa nova para mim, mas vamos fazer funcionar desde agora. Estava como link apenas. Agora eu coloquei para mostrar updates.


Ufa. Acho que a primeira tarefa está cumprida. E que venha a próxima.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ondas


Ondas refletindo a luz do sol, douradas ondas. Agitando-se com o vento fresco, brilhando graças à vida que havia abaixo delas. Mais profundamente àquela superfície, existe um lugar de muitas histórias e cheio de surpresas. Seres que não se encontram em parte nenhuma do planeta; um lugar de muitas aventuras, aonde se pode mergulhar e de lá jamais sair.

Um eterno enigma, maior que qualquer outro. O mistério abaixo daquelas ondas é aquele que intriga muitos homens desde o início dos tempos. É a canção de milhares de marinheiros, também a perdição de muitos. Um lar ou uma prisão. Um túmulo ou uma vida eterna. Em meio a esse turbilhão de emoções, com lágrimas de sal, quem poderá definir?

Ondas emoldurando um rosto úmido, sedosas ondas. Jovens demais para se quebrarem em espumas brancas. Humanas o suficiente para permanecerem douradas, mesmo quando o sol se for.


* Imagem: pintura a óleo por Carol Thompson.
* Agora é verdade: atualizações no Palavras de Papel.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pão e Circo


E lá ia ela, passeando pela calçada de sua casa, mal se agüentando em cima das pernas rechonchudas e pálidas. Tinha formas bem roliças, de modo que a pele ficava esticada por cima de todo aquele tecido adiposo em excesso. Era visível o esforço que fazia para equilibrar-se e mais óbvio ainda era o motivo pelo qual ela era tão branca: levantar-se para caminhar ao sol devia ser um martírio sem tamanho.

Mesmo assim, com um legging justo, moletom extra G e tênis, ela caminhava. Sabia que era um hábito saudável e, juntamente com a saladinha do almoço e as barras de cereal, faria muita diferença na bastante divulgada dieta que começara no início da semana. Desta vez, optara por uma dieta mais radical: suco de laranja no café da manhã, salada verde no almoço, barra de cereal no lanche e sopa de verduras no jantar. Nada de pães, bolos ou doces. E adeus, chocolate.

Eu diria que ela logo passaria mal, se eu não soubesse que a famosa dieta é uma farsa, desde que começou. É de dar pena a maneira como ela passa fome na frente das pessoas, enquanto se esconde para comer os bombons que comprou mais cedo. Ainda no primeiro dia, passou na padaria, encheu uma sacola de pães doces e levou para casa. Virou motivo de gozação no bairro.

E lá ia ela, caminhando pela rua de sua casa, com um pacote de doces embaixo do braço e a equivocada certeza no sucesso do número que montou no picadeiro de sua vida.


* Não perca a continuação do projeto Palavras de Papel.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Adeus


Eu queria tanto dizer: "Desta vez é diferente."
Mas eu apenas digo: "Não deu certo. Outra vez."


* Não deixe de conferir a continuação do projeto Palavras de Papel.

domingo, 9 de novembro de 2008

Esperança


O vento brincava com seus cabelos, enquanto ela esperava em cima da rocha, com o olhar fixo no horizonte. A qualquer momento um navio, jangada, caiaque, ou quem sabe uma garrafa apontaria naquelas águas turvas e agitadas do oceano ilimitado. Traria uma mensagem singular, enigmática, mas que ela compreenderia, como se fosse falada ao seu coração. Fosse em italiano, alemão, élfico ou russo, ela entenderia. Não havia ainda um código no mundo que um coração não decifrasse e que não traduzisse para uma só linguagem. A dos sentimentos.

Ela sabia que essa mensagem viria. Não importava quantos já esperaram por ela e acabaram desistindo no decorrer do tempo. O tempo era relativo; aliás, ele não existia naquele lugar. Ali só havia um intervalo entre uma existência e outra, não se podendo chamar de tempo. Tempo era só depois; tempo se passava. Tempo se media no relógio. O intervalo era interminável, quase infinito. O infinito não se conta. Os números que o contariam, decidiram-se por ser infinitos.

Sem nem sequer um estímulo para continuar, nenhum recado, nenhum aviso, nenhum e-mail, ninguém entendia como ela não desanimava, como prosseguia com tamanha coragem naquela espera eterna. Embora pudesse desistir e, quem sabe, devesse desistir, ela sentia que não havia escolha. Era seu propósito, sua missão. Sonhara com aquilo desde quando descobrira o sentido. O que significava para ela; talvez não o mesmo que significasse para outros tantos que desistiram. Talvez por isso abatiam-se, abandonavam a espera. Desistiam, porque não o desejavam como ela.

Outros tantos, enlouquecidos na espera sem futuro, lançaram-se apenas com o corpo de cima das pedras, mergulhando à procura da almejada resposta. Nadando de encontro às ondas inquietas, de onde não retornava nenhum alento. Depois das ondas, só o vazio. Pereceram dessa maneira, mas ao menos puseram um fim ao sofrimento. Na angústia de submeter-se a tal destino oco. Sem expectativa, sem futuro. Sem nada.

Mas ela continuava impassível em seu posto de vigília, em cima da rocha, a esperar… A crer… A sonhar… Eternamente.


* Não percam as mensagens e as respostas às cartas no Palavras de Papel.

* Escrevi este texto em 2006. Encontrei aqui e resolvi compartilhar.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobre Viver

A roseira da minha janela era linda, alegre, cheia de vida. Despertava cedinho, logo ao amanhecer, as folhas verdinhas saudando o sol. Pouco mais tarde, eu acordava e regava a planta com água, que sempre deixava à minha cabeceira. Era o meu bom-dia, a primeira alegria das manhãs, contemplar minha bela e vistosa roseira.

Certo dia, viajei e deixei meu irmão encarregado de regá-la. Quando retornei, as folhas estavam todas secas e as rosas murchas. Minha roseira parecia haver perdido a vontade de viver. Talvez já nem vivesse mais. Meu coração apertou. Esqueci até da satisfação que a "volta ao lar" sempre me traz.

Sem pena, cortei as folhas secas, todas as folhas, e deixei só os frágeis galhinhos verdes, tremelicando como que com frio. Coloquei água até escorrer pelo jarro e adubei o solo. Nada mais podia fazer, a não ser esperar.


A roseira, uma semana depois:

Será que foi minha esperança que lhe devolveu a vida?


* Não poderia esquecer de fazer uma pequena homenagem ao meu amigo ZeH, dos Titaníticos e Semi Ironia, por seu aniversário. Feliz aniversário, ZeH!

* Não perca a continuação do projeto Palavras de Papel.

domingo, 2 de novembro de 2008

Word's Words

Sério, deve ser algum problema comigo. Esses aparelhos modernos me fazem sentir como se eu tivesse nascido no século passado… Certo, eu realmente nasci no século passado, mas isso não vem ao caso. Eu não sou exatamente uma velha.

Desta vez, estava escrevendo qualquer coisa sobre animais no Microsoft Word do meu computador, quando ele implicou com a palavra "veado". Estava escrito desse mesmo jeito, sem nenhum erro de concordância ou ortografia, mas o Word insistia em grifar de verde. Então, eu cliquei com o botão direito na palavra, à procura de sugestões, e ele exibiu as seguintes palavras:


Preconceito? Sim, dos aparelhos. E comigo.


* Mais palavras no Palavras de Papel.