Os primeiros segundos depois de acordar são sempre os
piores. É quando todas as lembranças atacam por todos os lados, de uma só
vez, como se tivessem intenção de causar uma parada cardíaca no indivíduo. A
sensação devia ser a mesma, porque tudo o que eu queria era arrancar meu
coração fora. O ar faltava. O estômago embrulhava. As lágrimas não paravam. Nunca entendi por que precisava ser tão dolorido.
Era difícil. Era pesado. O frio, a dor, a gente pensa que nunca vai passar. A dor é quase física, mesmo que não dê para apontar onde está doendo. A gente só sabe que dói tudo. Dói muito. Vontade de voltar a dormir, sumir do mundo, até ela passar. Mas ela não passa. Pelo menos, não enquanto a gente está prestando atenção.
A primeira resolução era de nunca mais tentar. Nunca mais permitir que sua própria felicidade dependesse de outra pessoa. A única responsável pela minha felicidade devia ser eu. Eu, que tenho o poder de fazer besteira e de me fazer sofrer, mas eu também sou a pessoa que nunca vai embora. Eu nunca vou me perder de mim mesma. Eu posso confiar em mim. E eu confiei. Confiei que ia sair dali mais uma vez.
E, um dia, tudo passou. E a gente levanta, recomeça. Tenta de novo. Porque a gente pode perder tudo, do coração à cabeça. Mas uma coisa que a gente nunca perde é a esperança.
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Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva de setembro do Blogs Up: "A vida pós pé na bunda".
A primeira resolução era de nunca mais tentar. Nunca mais permitir que sua própria felicidade dependesse de outra pessoa. A única responsável pela minha felicidade devia ser eu. Eu, que tenho o poder de fazer besteira e de me fazer sofrer, mas eu também sou a pessoa que nunca vai embora. Eu nunca vou me perder de mim mesma. Eu posso confiar em mim. E eu confiei. Confiei que ia sair dali mais uma vez.
E, um dia, tudo passou. E a gente levanta, recomeça. Tenta de novo. Porque a gente pode perder tudo, do coração à cabeça. Mas uma coisa que a gente nunca perde é a esperança.
"Hei de ser feliz também, depois"
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Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva de setembro do Blogs Up: "A vida pós pé na bunda".