quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Até onde a vista alcança


Prédios, ruas, casas, outdoors. Uma mistura de criações de diferentes artistas. Quase exposições de um museu exibidas aos olhos curiosos e iluminados pelos holofotes amarelos dos postes, que já passam da hora de apagar. O cenário é um céu confundindo-se entre o azul e o laranja, enquanto uma luz se forma, completando uma obra da mais pura arte; a mais bela e antiga de todas.

Lá onde o céu, agora amarelo, começa a cegar os olhos, ainda se vê uma faixa azul abaixo dele. Um azul dourado, como se tentasse copiar o brilho de cima, com um sucesso apenas parcial. E, ao competirem o céu e o mar pela maior beleza, quem ganha são os ávidos olhos, que não perdem um segundo dessa bela vista.

O sol espreguiça-se, antes de acordar. Logo, o mundo acordará também, por causa dele. E eu ainda nem dormi.


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