Chamou-a para sair e ela quase pulou de alegria, já começando a escolher as roupas que usaria, os sapatos, a maquiagem... Sairiam só os dois, sem ninguém mais; nenhum amigo em comum, nenhuma distração. Estava se sentindo como uma adolescente outra vez, saindo com uma pessoa de que gostava pela primeira vez. Com aquele friozinho na entrada do estômago, aquela comichãozinha gostosa na garganta.
Namoravam há anos. Mas esses momentos começaram a ser raros; esses momentos de sair e conversar só os dois, tomar uma cerveja e ficar contando somente com a companhia um do outro para tirar alguma diversão da noite. Tinha dias em que estavam só os dois em casa, mas mal conversavam; ficava cada um num canto, lendo ou jogando, sem conversar. Ou fazendo sexo, que eram os únicos momentos de intimidade. Não que estivesse reclamando; gostava desses dias. Eram momentos naturais, de paz e cumplicidade. Mas ela queria aquele olhar só pra ela de novo, um momento dele só para ela, para variar.
Ele chegou, a beijou, ela sorriu. Estava tudo perfeito. Entraram no bar, escolheram a mesa, se sentaram longe do som, num lugar mais vazio, para conversarem melhor. Ela estava ansiosa, mas feliz. Pediram uma cerveja pros dois e começaram a brincar com alguma coisa engraçada que tinha acontecido. Era besteira estar ansiosa, afinal estavam juntos há tanto tempo e davam tão certo. Foi quando um casal conhecido passou por perto, por entre as mesas, e os reconheceu. Cumprimentaram-se com animação, fazia anos que não se viam e por isso, claro, ele os convidou para sentar e colocar as novidades em dia. Ficaram até bem tarde bebendo, conversando e rindo.
No final, foi uma noite agradável, como ela imaginava. Ela gostava daqueles amigos.
Mas... de onde vinha aquele vazio?
Namoravam há anos. Mas esses momentos começaram a ser raros; esses momentos de sair e conversar só os dois, tomar uma cerveja e ficar contando somente com a companhia um do outro para tirar alguma diversão da noite. Tinha dias em que estavam só os dois em casa, mas mal conversavam; ficava cada um num canto, lendo ou jogando, sem conversar. Ou fazendo sexo, que eram os únicos momentos de intimidade. Não que estivesse reclamando; gostava desses dias. Eram momentos naturais, de paz e cumplicidade. Mas ela queria aquele olhar só pra ela de novo, um momento dele só para ela, para variar.
Ele chegou, a beijou, ela sorriu. Estava tudo perfeito. Entraram no bar, escolheram a mesa, se sentaram longe do som, num lugar mais vazio, para conversarem melhor. Ela estava ansiosa, mas feliz. Pediram uma cerveja pros dois e começaram a brincar com alguma coisa engraçada que tinha acontecido. Era besteira estar ansiosa, afinal estavam juntos há tanto tempo e davam tão certo. Foi quando um casal conhecido passou por perto, por entre as mesas, e os reconheceu. Cumprimentaram-se com animação, fazia anos que não se viam e por isso, claro, ele os convidou para sentar e colocar as novidades em dia. Ficaram até bem tarde bebendo, conversando e rindo.
No final, foi uma noite agradável, como ela imaginava. Ela gostava daqueles amigos.
Mas... de onde vinha aquele vazio?
"Until you think you have the time
to spend an evening with me"
Imagem: Flickr - Creative Commons
2 comentários:
Às vezes tudo o que a gente precisa é um pouco de vazio externo pra preencher o interno, né??
beijos!
Ai, nossa, me senti tão estranha com isso, a gente sabe que isso é para onde caminha a maioria dos casais, mas ainda assim bate aquele medinho de acontecer com a gente, quando eu li "namoravam há anos" eu fiquei desacreditada, e fiquei chateada pelo final, é bom encontrarmos pessoas queridas que não vemos há tempo, mas não quando queremos um momento só pra nós =(
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