Acho que, nesses tempos de quarentena, a parte mais difícil
está sendo, para todo mundo, manter uma relativa produtividade. No meu caso,
por exemplo: eu sou dentista, em meu período integral. Não estou podendo
trabalhar, o que compromete todo o meu orçamento. Mas tirando essa parte problemática,
pensei que pelo menos eu poderia utilizar o tempo livre forçado para escrever.
Escrevi? Quase nada.
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Imagem: Flickr - Reprodução |
Dei uma ajeitada no meu projeto do NaNoWriMo, um romance
fantástico (ou uma fantasia romântica?), que estava parado desde dezembro. Dei
uns retoques no ship, que não estava me agradando, consertei umas inconsistências
que ficaram lá por culpa da correria do NaNo, que a gente não pode voltar para
consertar na hora. E não avancei nada.
Fora isso, escrevi uma flashfiction de mil palavras. Essa
conquista, eu devo ao meu maravilhoso Coven de Escrita, que lançou o desafio
relâmpago de escrever um conto naquele momento em que estávamos todas online.
Determinamos o tema (quarentena), o cenário (um prédio em que ninguém entra e
ninguém sai), os personagens (moradores aleatórios desse prédio) e escrevemos uma
flashfiction cada. Provavelmente nunca vamos publicar isso, mas foi divertido
como exercício.
Além disso, eu contratei Fernanda, amiga linda e integrante do Coven, dona do blog Bookworm Scientist além de editora, revisora e preparadora (sim, são muitas qualidades para uma pessoa só) para editar meu livro Um Encontro. Faz tempo que quero torná-lo publicável por alguma editora, sem ser por autopublicação, mas não tinha coragem nem mesmo tempo de revisá-lo. Bem, agora estamos revisando. E tendo que reler tudo, reformar capítulos, retalhar outros e morrer de vergonha de coisas que eu escrevi há mais de quatro anos. Mas amando o processo. Inclusive recomendo o trabalho de Fernanda a quem se interessar, ela é uma linda em todos os sentidos.
Aí você me pergunta: mas você começou esse texto dizendo que
não estava conseguindo produzir. Eu acho que o problema é que estamos tão
acostumados a um ritmo de produção acelerado que não percebemos o quanto
conseguimos produzir de pouquinho, apesar da situação complicada pela qual
estamos passando. Eu, pelo menos, não tinha ideia até terminar este texto.
Então, o negócio é tentar manter a sanidade, do corpo e da mente.
Fiquem em casa, quem puder.
Um comentário:
Fico cada vez mais encantada com as palavras escritas por você. Minha pequena, minha menina. Cada vez mais duas fã.
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