Cada partida, um parto. Nunca fui
boa com despedidas, desde a época em que minha mãe me deixava na escola. Cada
uma daquelas partidas, todos os dias, dois corações partidos: o meu e o dela.
Logo esquecidos pelos afazeres de estudante, ou pelo estresse do trabalho. Com
o tempo, tornou-se mais simples e menos doloroso.
No decorrer da vida, são várias
as partidas. Algumas para sempre. A gente aprende a conviver, esperando pelo
dia em que elas se tornem mais fáceis. Ou, pelo menos, distantes. Ou menos
dolorosas. Porque a volta quase nunca é tão certa como o adeus. E a única
certeza que temos é que sempre haverá mais um. O último.
E sempre que ele vai embora, uma
dor nova, logo esquecida. Ou substituída pela saudade.
"Mas deixo você ir sem lágrimas no olhar..."
Imagem: GettyImages
Um comentário:
Ah, pessoa que escrevem bem. Até quando (d)escreve um mal. ;)
Adoro!
Gui.
(www.prosopoetica.blogspot.com)
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