Da primeira vez em que peguei meu carro, que era do meu irmão, levei um susto. Não tinha um pingo de gasolina, nem pra chegar ao posto. Normal, isso é típico do meu irmão, não colocar gasolina no carro. Eu, como já parei uma vez em cima de um viaduto — porque o marcador não estava muito a fim de descer —, sou gato escaldado e não deixo o tanque chegar a um quarto. Mantenho sempre cheio.
Peguei o pobre do carro sedento e dirigi sem forçar muito até o posto da esquina. Mesmo que fosse mais caro, era mais perto e parar no meio do trânsito estava fora de cogitação. Certo, entrei no posto e fui verificar minha bolsa, para saber se tinha dinheiro pra colocar combustível. Foi quando passei os olhos pelo painel e o marcador estava na metade do tanque. Hein? Recomecei a andar e o marcador baixou de novo. Freei e ele subiu e depois baixou. Ele só subia até a metade. E ficou assim, descendo e subindo, enquanto eu dirigia pela cidade até a faculdade.
Reparei que o marcador só subia até onde estava, no momento, o nível de combustível. Logo, quanto mais feliz o carro está, mais o marcador sobe. Sobe e depois cai. Posso imaginar vários motivos para isso acontecer, mas só vejo uma solução: será que receitam Viagra para carro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário