terça-feira, 31 de março de 2009

Marcador volúvel

Da primeira vez em que peguei meu carro, que era do meu irmão, levei um susto. Não tinha um pingo de gasolina, nem pra chegar ao posto. Normal, isso é típico do meu irmão, não colocar gasolina no carro. Eu, como já parei uma vez em cima de um viaduto — porque o marcador não estava muito a fim de descer —, sou gato escaldado e não deixo o tanque chegar a um quarto. Mantenho sempre cheio.

Peguei o pobre do carro sedento e dirigi sem forçar muito até o posto da esquina. Mesmo que fosse mais caro, era mais perto e parar no meio do trânsito estava fora de cogitação. Certo, entrei no posto e fui verificar minha bolsa, para saber se tinha dinheiro pra colocar combustível. Foi quando passei os olhos pelo painel e o marcador estava na metade do tanque. Hein? Recomecei a andar e o marcador baixou de novo. Freei e ele subiu e depois baixou. Ele só subia até a metade. E ficou assim, descendo e subindo, enquanto eu dirigia pela cidade até a faculdade.

Reparei que o marcador só subia até onde estava, no momento, o nível de combustível. Logo, quanto mais feliz o carro está, mais o marcador sobe. Sobe e depois cai. Posso imaginar vários motivos para isso acontecer, mas só vejo uma solução: será que receitam Viagra para carro?

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