Hoje foi um dia inútil. Prometi a mim mesma que nunca mais deixaria que meus dias fossem inúteis, mas quebrei hoje essa promessa. Hoje foi realmente um dia inútil. Não trabalhei, não saí de casa, não ri, não aprendi, não criei. Não fiz nada. Só fiquei de pernas pro ar; o tempo passando na janela, como diz Chico Buarque. Só que, diferente de Carolina, eu o vi. E nada fiz.
Acontece que existem dias que amanhecem para ser inúteis, como a quarta-feira de Cinzas, domingo de Páscoa e último dia de férias. Hoje não foi nenhum desses dias especiais, mas eu estava estafada. Deve ter sido o trabalho da semana, a insônia, ou mesmo o estresse. Só sei que eu precisei desse dia inútil. Precisei ficar quieta, no meu canto, fazendo nada que requeresse o mínimo esforço dos meus neurônios.
E eu o fiz. Vivi o dia inútil intensamente, fazendo um dos maiores "nadas" da minha vida e tendo prazer nisso. Não foi um dia bom, mas, AH!, como eu precisava ser completamente inútil por um mísero dia!
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