quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Resenha: Corte de Espinhos e Rosas

Feyre, uma humana vive uma vida de fome e miséria quando, após sair para caçar para matar a fome da sua família, é capturada por um feérico na pele de uma besta e levada do mundo mortal para o mundo das fadas, como punição por ter matado um dos seus. Feyre, então, é obrigada a viver com o feérico, que não permanece na forma de besta, em sua mansão e começa a se interessar por ele. São três livros. O enredo semelhante ao d'A Bela e a Fera é só o início do primeiro. Após isso, desenvolve-se uma longa trama de romances, maldições, magias, guerras. E muito, muuuuuuito erotismo. Não deixem as crianças lerem.



Resolvi voltar para falar sobre a série Corte de Espinhos e Rosas porque, quando terminei de ler, fiz uma pequena resenha e postei em uma das minhas Newsletters. E precisei fazer outra agora, porque estou lendo de novo para uma Leitura Coletiva e percebi que acabei dando uma ideia errada da minha opinião sobre ela. Desde já, deixo claro que é uma das minhas séries favoritas fantasia. Só que, apesar de muito amorzinho, ela tem vários defeitos na construção de mundo e nem precisa ser especialista em nada para perceber. E é daí que vem a minha crítica, de alguém que percebe os problemas, mas continua achando os livros apaixonantes.

O fato é que eu conheço muita gente que detestou. E entendo. Não é todo mundo que está disposto a apreciar o quanto é bem feito o desenvolvimento do casal da história e das relações entre os personagens. Não sei se todos os leitores de fantasia podem perdoar os clichês em favor de um enredo focado em relacionamentos, rixas, personalidades e aspectos mais humanos dos personagens.

Por isso, continuo indicando, mas indico para aquelas pessoas que eu já sei que gostam de romance. Como eu. Para uma indicação assim, numa resenha, eu prefiro dizer o que a pessoa vai encontrar no livro e deixar a decisão de ler ou não nas mãos dela.


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E você? Tem vontade de ler a série? Já leu? O que achou?
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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Produtividade e a quarentena

Acho que, nesses tempos de quarentena, a parte mais difícil está sendo, para todo mundo, manter uma relativa produtividade. No meu caso, por exemplo: eu sou dentista, em meu período integral. Não estou podendo trabalhar, o que compromete todo o meu orçamento. Mas tirando essa parte problemática, pensei que pelo menos eu poderia utilizar o tempo livre forçado para escrever. Escrevi? Quase nada.


Imagem: Flickr - Reprodução
Dei uma ajeitada no meu projeto do NaNoWriMo, um romance fantástico (ou uma fantasia romântica?), que estava parado desde dezembro. Dei uns retoques no ship, que não estava me agradando, consertei umas inconsistências que ficaram lá por culpa da correria do NaNo, que a gente não pode voltar para consertar na hora. E não avancei nada.

Fora isso, escrevi uma flashfiction de mil palavras. Essa conquista, eu devo ao meu maravilhoso Coven de Escrita, que lançou o desafio relâmpago de escrever um conto naquele momento em que estávamos todas online. Determinamos o tema (quarentena), o cenário (um prédio em que ninguém entra e ninguém sai), os personagens (moradores aleatórios desse prédio) e escrevemos uma flashfiction cada. Provavelmente nunca vamos publicar isso, mas foi divertido como exercício.

Além disso, eu contratei Fernanda, amiga linda e integrante do Coven, dona do blog Bookworm Scientist além de editora, revisora e preparadora (sim, são muitas qualidades para uma pessoa só) para editar meu livro Um Encontro. Faz tempo que quero torná-lo publicável por alguma editora, sem ser por autopublicação, mas não tinha coragem nem mesmo tempo de revisá-lo. Bem, agora estamos revisando. E tendo que reler tudo, reformar capítulos, retalhar outros e morrer de vergonha de coisas que eu escrevi há mais de quatro anos. Mas amando o processo. Inclusive recomendo o trabalho de Fernanda a quem se interessar, ela é uma linda em todos os sentidos.

Aí você me pergunta: mas você começou esse texto dizendo que não estava conseguindo produzir. Eu acho que o problema é que estamos tão acostumados a um ritmo de produção acelerado que não percebemos o quanto conseguimos produzir de pouquinho, apesar da situação complicada pela qual estamos passando. Eu, pelo menos, não tinha ideia até terminar este texto.

Então, o negócio é tentar manter a sanidade, do corpo e da mente.

Fiquem em casa, quem puder.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Semelhanças

É engraçado como criamos personagens parecidos com a gente sem nem sequer perceber. Ou mesmo sem querer. Ainda agora, estava fazendo um pão e pensando que não cozinhava quase nada quando escrevi a personagem do meu primeiro livro. Para quem não conhece, Isabel trabalha numa padaria.

Comecei a me interessar por cozinha bem recentemente. Sabia fazer uma coisa ou outra, coisas que eu gostava de comer, como uma torta de maçã, sopa e molho de tomate. Mas não passava muito disso. Cozinhar costumava me dar um pouco de enjoo das comidas que eu fazia.

Quando criei Isabel e Fernando foi para um conto. Um evento só, um encontro. Não tinha intenção de continuar nada. E ela surgiu assim, meio do nada. E, então, surgiu a ideia de escrever um livro. A história foi se construindo e tomou forma.

Então, sem perceber, fui tomando gosto pela cozinha. Hoje, sovando o pão que pretendo assar só amanhã, pensei na personagem. Pensei na possibilidade de ter tomado gosto por cozinhar por causa dela. Por ter me envolvido nas atividades dela, por muitas vezes ir pesquisar algumas receitas no meio da escrita do livro porque me deu fome.

Mas concluí que foi o contrário. A gente termina colocando alguma coisa da gente nos nossos personagens. Não tem muito como fugir da personalidade que a gente coloca nele enquanto o deixa divagar, mesmo quando estamos escrevendo um personagem bastante diferente da gente. É difícil deixá-lo completamente à parte. Mas essa semelhança em particular me deixou feliz.

Esse pão que vou assar amanhã vai ter um gosto bem diferente, depois desse reconhecimento. 😋


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

5 dicas para ler mais

Início de 2019, você se pega planejando os livros que gostaria de ler no ano. Olha aquela pilha de livros "para ler" e promete que vai dar uma reduzida dela. O problema é que é a mesma pilha do ano passado, que você não leu nem a metade e ainda acabou comprando mais. 😅

É quando você percebe que precisa ler mais. Que você gostaria de ler mais. Você já tem o hábito de ler sempre e costuma ler com atenção, mas não está lendo tanto quanto gostaria. Seja por culpa das redes sociais, do excesso de trabalho ou estudo. Mas, mesmo com a vida corrida, é possível encontrar tempo para ler e manter sua leitura em dia.

Abaixo, elaborei algumas dicas para aumentar o ritmo e a frequência da sua leitura


1. Meta de Leitura



Algo que pode atrapalhar o cumprimento da sua meta é a quantidade de livros escolhida. Em vez de olhar a enorme pilha de livros e prometer que vai ler tudo, escolha uma meta real a ser seguida.

Se você está fazendo monografia, ou estudando para concurso, não vai ter tanto tempo disponível. Nessa meta, você não precisa colocar todos os livros que quer ler no ano; então, coloque uma meta de dez ou doze livros. E, se você ler mais que isso, fica no lucro.

Desafios Literários ajudam a definir essa meta, porque garantem variedade a essa meta. Aqui no blog, eu sempre sugiro um ou dois logo no início do ano. Se você está seguindo algum, é interessante definir os livros logo no início do ano, para não ficar perdido.

Essa meta vai ser útil para que você não fique sem ler nada quando terminar um livro, curtindo o sentimento de abandono que o final de um livro traz.

Dica útil: No Skoob e no Goodreads existe a ferramenta Meta de Leitura, onde você pode listar os livros que você pretende ler no ano.


2. Crie metas diárias (ou semanais)
Imagem: Flickr


Não conte os livros lidos. A meta pode ser por páginas ou por palavras, caso você esteja lendo em um dispositivo que permita a contagem, como o Kindle.

A contagem por palavras é mais real, porque não depende do layout da página do livro, tamanho de letra, essas coisas. Então, você acaba sabendo exatamente qual a sua velocidade de leitura lendo um determinado livro, em relação a outros livros.

 

3. Encontre seu tempo livre
Imagem: Flickr


É comum termos mais tempo nos fins de semana. Mas, se você trabalha nos fins de semana, deve descobrir qual o seu tempo livre. Tem mais tempo na segunda-feira ou na quarta? Separe umas horinhas desses dias para ler.

O ideal, nessas horinhas livres, é você marcar em um cronômetro um tempo determinado para ler sem parar e não ser interrompido. Pode ser quatro, oito horas ou até doze horas inteiras. Se você levantar para pegar um copo de água ou lanche, pausa o cronômetro e continua quando voltar.

 

4. Encontre maneiras de ler em qualquer lugar
Imagem: Flickr


Intervalos durante o dia também podem ser utilizados. Costumamos ter vários pequenos momentos de espera, no decorrer do dia. Vai de metrô para o trabalho? Tem uma horinha de intervalo para o almoço? Em vez de ficar rolando o Instagram, aproveite para sacar o livro da bolsa.

 

5. Anote os livros que leu
Imagem: Flickr


Pegue o hábito de sempre anotar os livros que leu. Pode ser no Skoob, no Goodreads ou até mesmo num caderninho ou bullet journal. Anotar os livros lidos é muito útil para você perceber que, mesmo que não reduza tanto a sua pilha quilométrica, você está lendo. No seu ritmo.


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E então? Curtiu as dicas?
Se você souber de mais algumas, não esqueça de sugerir nos comentários.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Desafio Literário 2019: #DLdofundodomar

Como em todo ano, em janeiro eu costumo apresentar o Desafio Literário que eu pretendo seguir durante o ano. Este ano, eu comecei a seguir o Desafio Literature-se. Mas, como muita gente gostava dos Desafios mais simples de cumprir, eu resolvi elaborar o nosso anual Desafio Do Fundo do Mar véio de guerra.



Seguem os temas:

1- Contos
Histórias curtas podem ser o primeiro passo para se conhecer um autor. Leia um livro de contos de qualquer autor que você deseje.

2- Assunto polêmico
Drogas, religião, política. Leia um livro sobre algum assunto polêmico.

3- Escrito há mais de 100 anos
Tire a poeira do armário. Um livro antigo pode ser uma excelente leitura.

4- Escolhido pela capa
E aquele livro que você acabou comprando porque gostou da capa? Chegou a hora de começar a ler.

5- Fantástico!
Realismo fantástico, dark fantasy, fantasia urbana, fantasia épica. Leia um livro que desafie a realidade.

6- Música
Vamos animar esse mês com um livro que tenha alguma relação com música. Pode ser ficção ou não ficção.
7- De autor brasileiro
Para provar que não é só o que vem de fora que é bom, afinal temos excelentes livros brasileiros. E ainda lemos sem precisar de nenhuma tradução. Chegou a hora de ler um livro nacional.

8- Escrito por uma Mulher
Virgínia Woolf, Jojo Moyers, Clarice Lispector, J. K. Rowling. Vale qualquer estilo, o importante agora é que a autora do livro seja uma mulher.

9- Adaptado para o cinema
O que é melhor, o livro ou o filme? A gente só vai saber quando ler. Leia um livro que virou filme ou série.

10- Clássico
É sempre bom ler os clássicos. Chegou a hora de conferir por que aquele livro virou referência literária.

11- De um novo autor
É sempre válido ler um autor que está publicando seus primeiros livros. Tem muita gente boa chegando por aí.

12- Distopia
Um futuro imaginário, um passado ou presente em que os personagens vivam em situações de opressão ou privação. Leia um livro que se passe em um cenário distópico.

O Desafio Literário é um método para você se desafiar a ler mais e com mais variedade, através dos temas propostos para cada mês. Você não precisa ler necessariamente na ordem; o objetivo é ler pelo menos doze livros por ano, um livro por tema, um livro por mês. E não valem releituras.

Para participar, basta você fazer sua publicação uma vez por mês (se houver atraso em algum mês, pode postar duas no seguinte) usando a hashtag #DLdofundodomar. Pode ser no Instagram, no Facebook, no seu Blog ou em qualquer rede que você quiser.

Não existem perdedores no Desafio Literário. A intenção é apenas ler.

Boa leitura!