terça-feira, 28 de abril de 2015

Resenha: A Droga da Amizade

Anos depois de lançar a série de livros dos Karas, Pedro Bandeira resolveu escrever mais um livro sobre os heróis da minha infância: A Droga da Amizade. Como o autor terminou vindo à minha cidade para promover o livro, eu aproveitei e consegui um autógrafo e uma foto com ele. Enquanto o via divagar sobre o livro e responder perguntas, várias vezes senti um nó na garganta, de nostalgia pura. É isso que é essa série inteira para mim: nostalgia. Olhos enchendo de lágrimas ao lembrar do tempo em que eu li pela primeira vez cada um desses livros.

Ele conta a história de como os Karas estão agora: adultos, com filhos. Esperando para fazer um discurso importante, Miguel relembra como surgiu o grupo e nos conta também alguns acontecimentos curtos passados, que não foram narrados nos outros livros. São como contos. É interessante, feito especialmente para fãs. Mas, se você espera uma história como as outras, vai se frustrar bastante. Eu não esperava nada, porque já tinha lido várias sinopses e ouvi Pedro Bandeira contando sobre o processo de desenvolvimento do livro. Então, eu sabia bem o que esperar. Terminei de ler em poucas horas, visto que a linguagem é aquela de sempre, escrita para crianças.

O livro termina com duas surpresas, que obviamente não vou contar. Só vou dizer que uma me surpreendeu e a outra não. Mas as duas me trouxeram lágrimas de nostalgia. Deu vontade de ler tudo de novo; esquecer que tenho 29, e não 9, anos de idade e amar de novo esse grupo, que também é meu e de todos aqueles que cresceram junto com ele. Visitar de novo os meus amigos em suas aventuras contra a máfia, contra os nazistas, contra drogas imbecilizantes. Decifrar os códigos, solucionar mistérios, usar disfarces.

Não me entendam mal; não estou indicando o livro para ninguém ler. É um livro sobre lembranças. Ninguém que não tenha essas lembranças vai dar algum valor a ele. Mas, se você as tem, vale ler o livro. Não vai ser a melhor coisa que você vai ler no ano, mas em duas horinhas você termina. E vai descobrir o que se tornaram nossos amigos de infância, agora adultos.

'Fanzices' à parte, preciso dizer que não gostei das capas dessas novas edições. Sério, vejam que linda essa edição antiga da Droga do Amor.


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Essa é uma resenha para o mês de abril do Desafio Literário do Tigre de 2015, do blog da Tadsh: um livro com a capa feia. Para saber mais sobre o desafio, entre na fanpage ou saiba mais no blog.

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