É lindo ver o dia amanhecer
Com violões e pastorinhas mil
Gosto da poesia do carnaval. Daquela alegria inventada, que talvez nada signifique; mas que naquele momento significa tudo. Gosto das máscaras, das fantasias, das sombrinhas, do frevo. Dos pés doendo por mal terem tocado o chão. Gosto da tradição, da saudade, das mesmas dez músicas tocadas uma após a outra, sem parar. E dos amigos pulando ao seu redor.
Quando eu era pequena, era levada a bailinhos de carnaval. Até que cresci e vi o carnaval ser modernizado e transformado no que todo mundo acha que ele é: pessoas pulando atrás de um trio, trocando germes, usando drogas e caindo pelas ladeiras. Eu não me drogo, não beijo por esporte e até hoje nunca caí numa ladeira. E meu carnaval tradicional não tem trio, só troça de rua. Alguns dizem que isso não é se divertir. Bem, então todo ano estou lá, gritando todas as músicas, pulando como uma doida, sem me divertir nem um pouco.
O que pouca gente entende é que, para mim, o carnaval ainda é aquilo que eu via quando era pequena. É o frevo, o colorido, a alegria. É chorar a quarta-feira ingrata que chegou tão depressa. E saber que, no ano que vem, Recife e a bela Olinda estarão lá mais uma vez, esperando por nós.
Dizendo bem que o Recife tem
O carnaval melhor do meu Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário