sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Magnus Chase e a Espada do Verão

Sim, mais uma série de Rick Riordan. Antes de tudo, preciso dizer a todos aqueles que nunca leram Percy Jackson, mas viram o filme, que esqueçam o que viram. Acho que esse está na lista de piores adaptações que já fizeram, perdendo talvez para a da Bússola Dourada, primeiro volume das Fronteiras do Universo de Philip Pullman, cujos livros são maravilhosos. Rick Riordan tem escrito várias séries sobre mitologia adaptadas para a nossa época; mitologia grega, greco-romana, egípcia e agora nórdica. Parece que está escrevendo mais uma com os gregos e ainda escreveu alguns contos que misturam os heróis. Mas vale dizer que Magnus Chase não é mais do mesmo. Explico já.

Magnus Chase é um semideus, filho de um deus nórdico e primo de uma semideusa conhecida de quem já leu as outras séries de Riordan. Ele não esperava muito da vida; morava na rua, tinha dois amigos mendigos, e seu objetivo de vida era conseguir não passar fome. Então, ele acaba invadindo a casa do tio dele e se depara com uma história muito mirabolante sobre deuses nórdicos, lobos, Thor e, em vez de duvidar de toda essa história da carochinha, ele começa a achar que tudo faz sentido.

O diferencial dessa série é que Magnus não é nenhum herói. Ele não sabe lutar, nem tem interesse em aprender, nem gosta do lugar em que foi colocado. Nem acha que merecia ter ido pra lá. Ele só queria ser um menino comum, sem precisar lidar com lobos, deuses e os nove mundos da árvore da vida. Sendo assim, o livro acaba sendo bem mais descritivo, mais cheio de sarcasmo, títulos dos capítulos mais significativos e de outros elementos engraçados da narrativa de Magnus. Pessoalmente, eu ri bastante, até mesmo por causa das referências atuais, mas prefiro o estilo dos livros de Percy Jackson. Magnus não perde nada em relação a conteúdo, plot, desafios, personagens. Então é só uma preferência mesmo.

É um Y.A., o velho e bom infanto-juvenil. Então, como eu sempre digo, não vá ler esperando grandes filosofias. Mas é um livro divertido. Todo ano, em todos os meus desafios literários, eu acabo colocando um Rick Riordan no quesito "divertido". Distrai bem, não cansa, é bem humorado. Além disso, tem uma coisa muito interessante que Riordan faz, que é lidar com minorias. Os semideuses em geral têm TDAH, as mulheres são sempre fortes, o protagonista de uma das séries é negro, um personagem muito importante da outra é gay, outro é metrossexual, outro é surdo-mudo. E Magnus Chase é órfão e menino de rua. Tudo bem que ele termina descobrindo que tem um pai, que é um deus fodão, mas o fato de lidar com essas minorias faz os livros serem especiais.

Só é chato que é uma série que ainda não acabou de ser escrita, então temos que esperar a continuação. Mas o que é uma espera de um ano, para quem já esperou quatro livros de Harry Potter? E para você, que espera eternamente o próximo Game of Thrones?

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Resenha para o Desafio Literário de 2016, com o tema: "divertido". Para saber mais sobre o Desafio, clique aqui e participe.

Um comentário:

Obat Kelenjar Getah Bening Di Ketiak disse...

aloha aku ia oukou, i ka ike oukou hoʻolako i ka loa kiʻi, a me hopefully pono