segunda-feira, 16 de junho de 2014

O que ajuda

Me acalmo fazendo planos, fazendo listas. Quando nada dá certo e eu perco a linha de raciocínio, o fio do emaranhado da vida, faço planos para sobreviver. Para recuperar o controle e manter a sanidade. Nunca consegui ser 'vida loca', deixar-me ir, carpe diem, colher o dia. Sou o tipo de pessoa certinha que faz listas, que vai cumprindo pequenas tarefas e anotando na agenda, para poder me sentir inteira outra vez.

Precisava fazer uma lista hoje, mas está tudo tão desorganizado na minha cabeça que não sei nem como começar. Isso assusta; isso de não ter mais planos nem ideias. Talvez precise de uma organização mais profunda, uma que não consigo mais fazer sozinha. Mas escrever, mesmo que não uma lista, já ajuda um pouco.

Conversar também ajudaria, mas estou com o orgulho ferido, a auto-estima baixa e sem nenhuma vontade de ouvir conselhos que não quero ouvir. Sabe quando você só quer só ouvir coisas agradáveis? Queria não precisar de ninguém. Queria não ver, ouvir ou sentir a preocupação de ninguém. Queria, além de tudo, que tudo ficasse bem. Logo.

Escrever ajuda. Mas até escrever está cada dia mais difícil. Faz sentido? Faz meses que não faço sentido nenhum.

"Into the flood again
Same old trip it was back then"
Imagem: GettyImages
Música: Would?

Um comentário:

denise rangel disse...

Bom dia, Marina
Hoje eu só quero ouvir coisas agradáveis. Isto me levou a pensar em como tornar nosso ouvido seletivo. Ouvir apenas o que nos faz bem e ignorar coisas inúteis e desagradáveis.
Uma semana boa pra ti.
beijo, menina