quarta-feira, 14 de maio de 2014

Bichos: Até Mais, e obrigado pelos peixes!

Para o desafio deste mês, cujo tema é “Bichos”, decidi ler “Até mais, e obrigado pelos peixes!”, 4º livro da série do Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Escolhi este livro porque já tinha lido os três primeiros e pretendia terminar a série. Disse pretendia porque não sei se pretendo mais. Os dois primeiros livros foram, para mim, meio que amor à primeira página; mas não posso dizer o mesmo do terceiro e do quarto.

O livro conta o retorno de Arthur à Terra, que, ninguém sabe como, voltou ao seu lugar e ao momento de onde tinha parado, quando foi destruída pelos Vogons. Então, o livro inteiro se passa na Terra, contando como o personagem mais chato da série — que por um infeliz acaso vem a ser o protagonista — volta à sua casa, depois de oito anos no espaço. É claro que Arthur foi criado para ser um personagem certinho, britânico, chato e, por isso mesmo, ser engraçado o fato de justamente ele ter sobrevivido à destruição da Terra e ter ido parar no espaço. Só que não é nada engraçado, nem mesmo interessante, quando ele volta pra casa e tenta recomeçar a vida normal, por menos normal que ela seja agora.

O terceiro livro já é chato o bastante, mas pelo menos se passa no espaço e tem aquelas curiosidades sobre o universo que Douglas Adams inventava, o que torna o livro suportável. Neste 4º livro, quase não existem essas curiosidades, só uns poucos verbetes do Guia do Mochileiro, a dúvida sobre o que aconteceu com a Terra, que voltou, e uma história romântica. Fora que não aparecem mais os outros personagens: Zaphod Beeblebrox, nem Trillian; Ford Prefect aparece pouco e Marvin, o melhor personagem, aparece em UMA cena. Talvez a cena que faz o livro valer um pouco a pena.

Não sei, acho que o livro era mesmo para ser assim, diferente dos outros, mas confesso que eu não gostei. Pareceu-me que a criatividade acabou, que não houve mais o que explorar naquele universo. Talvez, um dia, eu leia o 5º — e último, pelo menos dos escritos por Douglas Adams, porque fiquei sabendo que Eoin Colfer, autor da série Artemis Fowl, escreveu um 6º: “E tem outra coisa”. Nada contra outros autores darem continuidade a séries famosas, mas eu li o primeiro volume de Artemis Fowl, muitos anos atrás, e odiei. Nunca entendi como a série está por aí, fazendo o maior sucesso.

No mais, foi muito triste não ter gostado do livro, porque gosto muito da ideia toda da série e sou fã de Douglas Adams. Mas valeu para cumprir o desafio.

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Esta é uma resenha para o Desafio Literário do Tigre 2014, do blog Elvis Costello Gritou Meu Nome. O tema de Maio é "Bichos": ler e resenhar um livro que tenha algum bicho no título. Para saber mais sobre o desafio, entre na fanpage ou saiba mais no blog.

2 comentários:

Letícia disse...

Nossa, é uma pena quando a gente gosta de uma coisa, cria a maior expectativa pra continuação e se decepciona, né? Eu já comecei a ler essa série algumas vezes, mas nunca consegui deslanchar.
E nem sabia que o autor de Artemis Fowl tinha escrito um 6º livro! Aliás, eu também li só o primeiro Artemis Fowl e achei bem ruim na época! Fiquei surpresa de saber depois que era uma série e que tinha gente lendo o resto, haha.

Anônimo disse...

Nossa, eu super te entendo. Porque eu, ao contrário de você, acabei nem chegando a ler o quarto... Fiquei super apaixonada pelo primeiro e pelo segundo e o terceiro foi bem decepcionante. Mas, um dia, quem sabe, eu não resolva terminar a série inteira, já que tenho os livros e tal.