Na mesma ocasião em que comprei
Bonsai, o livro do mês de fevereiro do Desafio, comprei este livro de contos aqui,
de vários autores.
Este livro, cujo nome não vou sair repetindo por motivos óbvios, eu comprei por causa
da capa, que é belíssima; pelas ilustrações do meio, já que dei uma folheada na
livraria, antes de comprar; e também por nomes como Neil Gaiman,
Nick Hornby e Lemony Snicket. Mais por Neil Gaiman, confesso. E qual não foi
minha decepção quando, ao ler, vi que o conto de autoria dele presente neste livro era Pássaro-do-Sol; conto muito bom, mas que
eu já havia lido no primeiro volume do Coisas Frágeis.
O livro é um infanto-juvenil. Vi
muitas resenhas de pessoas xingando o livro justamente por não saberem que era infanto-juvenil.
Eu gosto do estilo, então não fiquei decepcionada por isso. Fiquei
decepcionada, porém, porque achei alguns contos bem razoáveis, uns até bem ruins. Não vou resumir todos, só dar uma geral e listar as minhas impressões. Vejamos:
- Achei a introdução de Lemony Snicket interessante; mas não vi nada de especial no conto que ele começou e que a gente deveria ajudar a terminar.
- O conto Pequeno País, de Nick Hornby, também achei legal, apesar do final previsível; sobre um menino que mora no menor país do mundo, não muito maior que uma vila.
- Não gostei da história Lars Farf, pai e marido excessivamente temeroso, de George Saunders; acho um tédio história com lição de moral.
- Já Monstro, de Kelly Link, achei bom, com um final legal e um bônus das ilustrações do monstro branco de mãos vermelhas.
- As Competições de Cowlick, de Richard Kennedy: não achei muita graça, apesar de gostar de faroeste. Final previsível.
- Vendidos Separadamente, de Jon Scieszka: WTF essa história? Uma história escrita só com slogans publicitários, talvez como uma crítica ao consumismo exacerbado dos últimos anzzzZZZZZZZ...
- O Terceiro Desejo de Seymour, de Sam Swope: história sem graça, sobre um garoto que é filho de uma ogra, que não gosta de crianças. E ainda bem que avisaram no começo que o protagonista não era lá muito inteligente, porque ele só fez besteira.
- Grimble, de Clement Freud: conto escrito em 1968, desnecessariamente longo, mas não achei propriamente ruim. Só chato; discordando de Lemony Snicket, que disse na introdução que não havia histórias chatas no livro.
- Spoony-e Spandy-3 contra as hordas roxas, de James Kochalka: uma história em quadrinhos — e eu adoro quadrinhos, fiquem sabendo antes de me crucificar pela crítica — bem “WTF??”. Talvez eu não goste desse tipo de quadrinho, ou não esteja acostumada, ou não tenha entendido alguma coisa; mas achei bem sem graça, sem sentido, sem nada.
- Pássaro-do-Sol, de Neil Gaiman, é simplesmente genial (Gaiman ❤), mas eu já tinha lido.
- O Telefone da ACSE, de Jeanne DuPrau: taí, achei esse conto bem legal, bem fofinho, de um menino que encontra um celular perdido e termina encontrando um amigo.
- O Sexto Distrito, de Jonathan Safran Foer, também é legal; achei interessante e criativo; sobre um lugar que muitas pessoas não sabem que existiu.
- E as Palavras Cruzadas Tremendamente Difíceis do final: gosto de palavras cruzadas e fiz algumas, mas não terminei porque era 1h da manhã e eu estava com sono. Ou porque eram realmente difíceis.
No total, o livro não foi tão bom
como eu esperava. Capa bonita, título incomum, proposta atraente: tudo que me
levou a comprar estava ali, só faltou a leitura corresponder às expectativas.
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